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20 de abril de 2024 11:38 am

Direção regional do PT gera crise no partido ao impedir filiação de atriz

Várias lideranças do partido em Mato Grosso não aceitam a suspensão da filiação de Esther Caroline Pessatto

Da Redação

A Direção Regional do PT em Mato Grosso, comandanda pelo deputado estadual Valdir Barranco, abriu uma forte crise no partido ao determinar a suspensão da filiação à legenda da atriz Esther “Tigresa Vip” Pessatto. A decisão foi tomada, segundo tudo indica, de forma unilateral e fora das regras estatutários da agremiação petista.

A reação da militância à exclusão intepestiva da atriz, conhecida nas plataformas de video dedicadas ao entretenimento adulto erótico, esta sendo de choque, indignação e inconformismo. Um abaixo-assinado circula nos meios políticos de esquerda repudiando a atitude da Executiva Estadual do PT e exigindo a reintegração de Esther “Tigresa Vip” ao quadro de filiados da agremiação.

Várias lideranças do PT e de outras legendas questionam os motivos e colocam em dúvida a legalidade da cassação da filiação da atriz. Para vários críticos da medida, está sendo atribuído à uma intolerância à profissão de Esther Pessatto, que é atriz de filmes pornôs, ao preconceito e à moralidade hipócrita.

Filiada ao PT junto ao diretório municipal de Barão de Melgaço, na baixada cuiabana, Esther Pessatto pretendia candidatar-se a deputada estadual nas próximas eleições pelo Partido dos Trabalhadores. No entanto, assim que seu nome passou a circular como uma das pré-candidatas mulheres pelo PT, o Diretório Regional entrou em cena para cancelar a ficha de filiação da atriz, iniciando um imbróglio inédito no partido.

Além de petistas, também o suplente de senador Manoel Motta, um dos mais respeitados nomes da esquerda em Mato Grosso, questionou e fez duras críticas a decisão do Diretório Regional do PT em relação a atriz mato-grossense. Professor pós-doutor da UFMT e suplente de senador pelo PCdoB, Manoel Motta alinha-se com grande parte da militância do PT que reagiu com indignação ao ato excludente e preconceituoso comandando pelo atual presidente da Executiva Estadual petista, deputado Valdir Barranco. Motta entende que não há nada que justifique a cassação do direito à filiação de Esther Pessatto ao PT, a não ser o preconceito e a falsa moralidade sexual.

“A constatação de que o velho moralismo da pequena burguesia de esquerda  em nada se diferencia do moralismo da pequena burguesia de direita quando esse moralismo é ‘ameaçado’ por sujeitos, atores ou personagens que como farofeiros inconvenientes invadem a praia “limpinha” do ‘bom mocismo’ hipócrita dessa gente”, disparou Manoel Motta.

Ainda conforme Manoel Motta, a questão deve ser tratada como fundamentalmente política e não ideológica ou moral. “Ou o PT é inclusivo e plural – como deve ser qualquer organização política de esquerda – ou estará condenado a se tornar uma organização política pequeno burguesa refém de valores que não interessa ao mundo do trabalho”, finalizou o suplente de senador.

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