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6 de maio de 2024 4:25 am

Autor de feminicídio em Querência pega 30 anos de cadeia

O assassino já tinha diversas passagens criminais por lesão corporal, dano e ameaça contra a vítima
Petronio Aziano da Silva (esquerda no detalhe) matou à facadas a companheira, Renata Oscar de Castro (a direita) em março de 2020 (Fotos:Arq.Web)

Da Redação

A Justiça condenou Petronio Aziano da Silva a 30 anos e oito meses de prisão  em regime inicialmente fechado, pelo feminicídio praticado contra Renata Oscar de Castro, sua então esposa, e pelos homicídios tentados contra Joice Caroline Silva de Oliveira e Antonio Carlos Ribeiro Barros. O crime acontenceu em Querência (945 km de Cuiabá), em março de 2020.

Diante das provas apresentadas no julgamento, restou evidente aos jurados que  o réu matou Renata de Castro por motivo torpe, meio cruel, mediante recurso que dificultou a defesa da vítima e por razão da sua condição de sexo feminino no âmbito dos crimes de violência doméstica e familiar.

Na noite do crime, o assassino, que já tinha passagens criminais por lesão corporal, dano e ameaça, foi até o bar onde a mulher trabalhava como garçonete, já alterado, exigiu que ela lhe servisse uma bebida. Ela avisou que serviria em seguida depois de atender alguns clientes que haviam chegado antes dele no local.

Contrariado com a resposta da mulher, Petronio invadiu o lado de dentro do balcão xingando a esposa, armou-se com uma faca e, segurando-a pelos cabelos, desferiu-lhe vários golpes.

As outras duas vítimas, Joice Caroline Silva de Oliveira e Antonio Carlos Ribeiro Barros, tentaram intervir e salvar a vida de Renata, mas também foram atacados e feridos gravemente por Petrônio. Depois do assassinato, Petronio fugiu do local, sendo localizado e preso posteriormente.

“O assassino nutria fortes sentimentos de posse e controle sobre a vítima, implicando com ela pelo fato da vítima trabalhar até tarde da noite, servindo bebidas para outros homens. Por este motivo fútil, torpe, decidiu ceifar-lhe a vida por meio cruel, que impossibilitou a defesa da vítima, causando-lhe sofrimento atroz ao esfaquea-la até a morte e posteriormente, atacando e ferindo com intenção de morte quem tentava conte-lo e proteger a mulher indefesa”, explicou o promotor aos jurados.

“Foi um júri emblemático, realizado justamente no início do Agosto Lilás, mês de campanha contra violência doméstica e familiar contra a mulher, tendo a sociedade demonstrado repulsa a tal crime, reconhecendo todas as qualificadoras e possibilitando a aplicação de pena superior a 30 anos de reclusão”, argumentou o promotor de Justiça Roberto Arroio Farinazzo Junior, que atuou em plenário.

 

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