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2 de maio de 2024 4:06 am

Bolsonaro nega fome no Brasil e diz que pobres estão “acostumados” a não ter profissão

Bolsonaro minimizou a tragédia da fome e da insegurança alimentar que atinge mais da 33 milhões de brasileiros e acha que é muito trabalho tirar as pessoas da miséria
De boca e bolso cheios, Jait Bolsonaro desdenha dos pobres e da fome que assola o Brasil (Fotos:Arq.Web/Reproduções)

Da Redação

O candidato a reeleição para a Presidência da República, Jair Bolsonaro (PL) disse que os pobres no Brasil estão “acostumados a não ter profissão” e a “viver as custas do Estado”. A afirmação foi feita durante entrevista, na quarta-feira, 22, a rádio católica “Rede Vida”.

Mais uma vez, Bolsonaro minimizou a tragédia da fome e da insegurança alimentar que atinge mais da 33 milhões de brasileiros.  Para o atual ocupante do Palácio do Planalto, tirar as pessoas da miséria “é um trabalho gigantesco” porque estas pessoas “foram ao longo dos anos acostumadas a não se preocupar ou o Estado negar uma forma de ela aprender uma profissão”, afirmou.

Segundo Bolsonaro, os dados sobre a situação de fome e miséria no país estão superestimados. “Não é esse número todo”, disse ele contrariando os resultados do 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, realizado pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan).

Os dados do estudo do Penssan indicam que 33 milhões de pessoas sofrem com a fome no Brasil. Mas, para Bolsonaro, basta que estas as pessoas solicitem o Auxílio Brasil, como se isso fosse algo mágico e uma panacéia para o problema.

Reforçando o posicionamento de Bolsonaro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, tentou desacreditar o estudo afirmando considerar os dados como sendo uma “mentira”. Guedes afirmou que “33 milhões de pessoas passando fome é mentira. Nós estamos transferindo para os mais pobres, com o Auxílio Brasil, 1,5% do PIB, 3 vezes mais do que recebiam antes”, disse ele.

ATAQUE AO JUDICIÁRIO

Ainda na mesma entrevista, Bolsonaro deixou claro, se eleito, irá manter a queda de braço com o Poder Judiciário. Segundo ele, com a reeleição, irá indicar dois novos juízes para o Supremo Tribunal Federal (STF) que sejam alinhados com suas ideias, que sejam contrários ao aborto no Brasil.

Para ele, o STF age  com um “ativismo muito forte” e que o fato da Corte ser independente dos outros poderes, seria prejudicial. “O Judiciário se coloca como um poder, no caso o STF, completamente independente. Eles têm um ativismo muito forte. O último agora foi mexer nos decretos [que flexibilizaram o acesso a armas de fogo]. Os decretos, está lá na nossa Constituição, que é privativo do Legislativo questionar decretos, via projeto de decreto legislativo”, afirmou.

Com informações do Metropoles

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