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18 de maio de 2024 4:28 am

Bolsonaro volta a atacar a democracia e ameaçar país com ditadura militar

Da Redação

Desesperado pela reação crescente da população contra seu governo fracassado e acuado pelos protestos populares que pedem a sua cassação por crimes de responsabilidade, Jair Bolsonaro voltou a ameaçar a democracia e a insinuar que os militares poderão instalar uma nova ditadura no Brasil. A nova ameaça foi feita na manhã desta segunda-feira,18, em conversa com apoiadores no cercadinho em frente ao Palácio da Alvorada.

“Quem decide se um povo vai viver na democracia ou na ditadura são as suas Forças Armadas. Não tem ditadura onde as Forças Armadas não apoiam”, ameaçou Bolsonaro depois de ter se mantido calado desde que a Anvisa autorizou o uso emergencial das vacinas Coronavac, do Instituto butatã e do laboratório chinês Sinovac, a vacina da Astra/Zeneca-Oxford.

O silêncio de Bolsonaro foi interpretado como um esforço da parte dele de engolir a “derrota” na queda de braço que vinha travando com o governador de São Paulo, João Dória, em torno da vacino sino-brasileira.

A ameaça explícita de Bolsonaro contra a democracia repete uma estratégia manjada usada sempre que ele está pressionado politicamente e em queda nas pesquisas sobre o desempenho de seu governo. A manifestação serviu para inflamar seus apoiadores mais radicais nas redes sociais disparando uma cortina de fumaça para encobrir seus desacertos e irritar os opositores defensores da democracia e críticos aos seus desmandos.

CONIVÊNCIA DA CÚPULA DAS FFAA

A atitude do atual ocupante do Palácio da Alvorada aumentou as pesadas críticas que as Forças Armadas vem recebendo em função de sua conivência com os desmandos de Bolsonaro na presidência e de seu silêncio servil diante de falas absurdas como a emitida hoje. não é segredo que os militares da ativa e reformados dos quais Bolsonaro se cercou no governo vem sendo usados claramente como escudos e anteparos que legitimam a incompetência e desatinos do presidente.

Enquanto a maioria dos generais, os brigadeiros e os almirantes do alto comando das FFAA se calam, os militares servis à Bolsonaro tentar calar as críticas da imprensa através de notas ameaçadoras como a emitida pelo porta-voz do Comando Militar dirigida à revista Época por conta de um artigo que expõe a incompetência do general Eduardo Pazuello e a cumplicidade descarada de outros oficiais com as barbaridades de Bolsonaro.

É neste diapasão que a credibilidade da instituição escorre pelo ralo e a opinião pública consolida a sua convicção de que os militares são cúmplices de um cada vez mais evidente projeto de poder autoritário capitaneado por Bolsonaro.

A gestão subserviente e atrapalhada de Eduardo Pazuello frente ao Ministério da Saúde é só uma das fraturas que comprometem a imagem das Forças Armadas.

O que se assiste em Brasília diariamente é um espetáculo mambembe em que os militares se exibem como fantoches manipulados por um maluco. É fato que as FFAA são muito maiores que a dúzia e meia de militares que ocupam cargos no governo. Assim como é notório que Bolsonaro está desesperado por ver sua popularidade derreter nas redes sociais e na vida real perante à opinião pública.

Pesquisa da XP divulgada ontem apontou uma queda de 6 pontos percentuais em sua aprovação. O que não é pouco. E nesta queda sem paraquedas, Bolsonaro arrasta todas as instituições militares rumo ao abismo da latrina da história. 

IMPEACHMENT À VISTA

Os apelos populares pelo impeachment de Bolsonaro ganharam força desde a semana passada e estão sendo turbinados pela tragédia humanitária que assola a população do Amazonas, lideralmente abandonada pelo Governo Federal para morrer asfixiada por falta de oxigênio hospitalar.

Os apelos “ForaBolsonaro” e “Impeachment” são os temas mais comentados nas redes sociais, reuniões familiares e manchetes de todos os veículos de imprensa do país. A pandemia ainda impede as manifestações massivas nas ruas. Mas, no domingo, milhares de brasileiros enfrentarem os riscos da Covid-19 em sua segunda e descontrolado segunda onda e  foram às ruas em carreatas e manifestações pedindo a cassação de Bolsonaro.Panelaços também explodiram país a fora na sexta, sábado e domingo últimos.

Ser apeado do cargo é um pesadelo que vem se materializando dia após dia em torno de Bolsonaro. Ele tem consciência de que o Centrão não irá salva-lo se algum dos mais de 60 pedidos de impeachment que se acumulam na gaveta do presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM), for aceito para tramitar no Congresso. Para se manter no poder, o presidente volta a ameaçar com o uso das Forças Armadas para golpear a democracia e subjugar a população.

A sociedade brasileira espera que os comandantes das FFAA reajam e digam se estão do lado do povo e da Constituição ou se trairão a Pátria para se manterem nos cargos, subjugados à vontade de um incompetente fanfarrão e genocida que só pensa em sí, nos seus filhos e em se manter no poder a qualquer preço. A história amanhã nos dirá se os militares repetirão 1964 ou se impedirão a reprise desse filme nefasto.

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