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18 de maio de 2024 7:27 am

Botelho foi mediador de briga entre Janaína Riva e Jajah Neves

Da Redação

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Eduardo Botelho (PSB), foi o mediador de um atrito entre a deputada Janaína Riva (PMDB) e o deputado Jajah Neves (PSDB). No áudio em que aparece admitindo repassar a Verba Indenizatória ao secretário Wilson Santos, Jajah narra a disputa pela presidência da Frente Parlamentar em Defesa da Juventude, que teria sido resolvida com uma canetada de Botelho.

Na conversa, o deputado oferece um trabalho para o repórter Arthur Garcia, responsável pela gravação, na Frente Parlamentar. Garcia havia se demitido recentemente da TV Mato Grosso, da qual Jajah seria sócio.

Veja a transcrição do diálogo:
Jajah Neves: “Eu tenho duas situações… Eu peguei a presidência da Frente Parlamentar de Defesa da Juventude…”.
Arthur Garcia: “Ah, voltou? Porque ia ficar a Janaína”.
Jajah Neves: “Não, saiu ela de lá. Atropelaram”.
Arthur Garcia: “Achei que você tinha perdido lá”.
Jajah Neves: “Ela assumiu, aí eu fiz o presidente bater o decreto, que eu sou o presidente daqui . Oras. Eu coloco o trem, eu ponho e ela quer pagar de gatinha? Está lá o decreto. Diz lá, Frente Parlamentar de Defesa da Juventude, como presidente o deputado estadual Jajah Neves. Aí como membros, ela faz parte. Mas eu sou presidente, tanto dessa quanto do Vale do Rio Cuiabá”.

A frente parlamentar foi instaurada oficialmente no dia 05 de abril de 2017. O áudio foi gravado por Arthur dois meses antes, no início de fevereiro daquele ano, durante uma reunião com Jajah em um restaurante da capital.

Durante as tensões com Jajah, a deputada Janaína Riva chegou a denunciar, na tribuna da Assembleia, o repasse irregular da Verba Indenizatória a Wilson. “Corrupção é também repassar a verba indenizatória para o deputado detentor do mandato”, declarou Janaina na sessão do dia 17 de maio de 2017. “Tem gente que é muito macho para vir na tribuna falar, mas chega no governo e faz um acertinho para mídia e fica igual um gatinho, miando e aceitando tudo o que vem. Deputado que pega dinheiro do governo não tem moral nenhum para falar de corrupção”.

Os R$ 65 mil pagos a cada um dos deputados estaduais serve para, em teoria, custear as atividades parlamentares. No caso de Jajah, que é suplente, a verba estaria sendo repassada ao titular da cadeira, Wilson Santos – ele se licenciou da Casa para assumir a Secretaria de Estado das Cidades (Secid).

No áudio, Jajah reclama por ter que, supostamente, repassar os valores. “Não para, é só pepino, cara. Se eu tivesse uma coisa minha, com a estrutura que eu tenho aqui, era outro mundo. Agora, eu vivo para apagar incêndio. Quem olha de fora pensa, ‘ah, o Jajah está com o creme do verão’. Hum. Suplente, sem conseguir meter uma nomeação. Cai minha VI [Verba Indenizatória] eu tenho que devolver se não ele [Wilson] começa a me ligar três dias antes de cair. Ele me liga cobrando a VI dele”, diz o deputado no áudio.

O Ministério Público Estadual (MPE) investiga o caso. O repórter Arthur Garcia foi ouvido pelo promotor de Justiça Mauro Zaque de Jesus, do Núcleo de Defesa do Patrimônio Público e da Probidade Administrativa na tarde desta quinta-feira (25). Wilson Santos e Jajah Neves também deverão ser ouvidos por Zaque.

Fonte: O Livre

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