Da Redação
Como candidato a vice-presidente o general Braga Neto (PL) é uma grande fiasco e um fenômeno de impopularidade. A vinda do general à Mato Grosso, na quarta-feira, 31, se revelou um fracasso completo.
Com a “missão” de reunir uma grande multidão de apoiadores, promover as bandeiras bolsonaristas e angariar doadores para a campanha reeleitoral do “mito” entre apoiadores do agronegócio, Braga Neto foi incapaz de mobilizar gente suficiente sequer para uma boa fotografia.
Sem nenhuma experiência nas lides políticas eleitorais, o general amargou o vexame de ver o governador do estado, Mauro Mendes (UB), cancelar sua presença nos atos políticos agendados nas duas cidades mais bolsonaristas de Mato Grosso, Sinop e Sorriso. O vice governador, Otaviano Pivetta (republicanos) e ao senador Wellignton Fagundes cumpriram o papel de cicerones do general.
A pequena quantidade de pessoas nos eventos foi uma frustração para o candidato a vice-presidente de Bolsonaro. Em uma reunião que deveria ser com mulheres, a maioria dos presentes eram homens. As poucas mulheres presentes ouviram o general desfiar um rosário de afirmações vazias e nenhuma proposta efetiva de que em segundo mandato Bolsonaro fará alguma política que, de fato, tenha valor efetivo para elas.
Onde se esperava a nata do grande agronegócio, pipocaram os mais radicais seguidores do presidente licenciado da Aprosoja, Antônio Galvan (PTB), que também é candidato ao Senado e se autodeclara “bolsonarista raiz”.
Quem conhece de política não teve dúvidas em cravar que a viagem de Braga Neto ao norte de Mato Grosso não acrescentou nenhum voto ou real a mais na campanha de Bolsonaro.
“Foi como se um elefante estivesse dentro de uma sala de cristais. Todo o séquito paparicando o general, todos preocupados em não quebrar nada no caminho. E nada de povo de pés sujos e cara suada em volta. Uma verdadeira caravana de sultões a desfilar aos olhos indiferentes de quem realmente constroi a grandeza do agronegócio e a riqueza de Mato Grosso”, afirmou um rico e insuspeito político sinopense que já militou nas hostes progresistas antes de ficar milionários com bois e madeiras. Talvez, num arroubo de saudade do tempo em que era um simples “colono”.
