Da Redação
Um delegado da Polícia Federal morreu durante operação de combate a crimes ambientais em área indígena em Aripuanã (1000 km de Cuiabá). O policial foi atingido na sexta-feira,26, por uma bala que ricocheteou em um caminhão que avançou sobre a barreira de fiscalização em uma estrada vicinal. A vítima é o delegado Roberto Moreira da Silva Filho, 35 anos.
O delegado comandava uma das ações da operação de combate ao garimpo ilegal e desmatamento em áreas públicas e terras indígenas na região norte de Mato Grosso.
O delegado Roberto Moreira atuava na área de combate aos crimes ambientais e estava com uma equipe que vistoriava o transporte de madeira. Segundo a assessoria da PF em Mato Grosso, durante a abordagem à um caminhão suspeito, o motorista avançou sobre a barreira policial. Os agentes fizeram disparos contra o veículo e uma das balas ricocheteou atingindo o delegado.
O motorista do veículo envolvido no episódio conseguiu fugir ao cerco. Mais tarde, a PF apurou que um caminhoneiro foi atendido em um hospital de Aripuanã com um ferimento de bala no pé. Como não havia informações sobre o ocorrido na barreira policial, ele recebeu atendimento e liberado, tendo desaparecido em seguida.
Ferido gravemente, o delegado faleceu ainda no local. Peritos se deslocaram até o ponto onde o conflito ocorreu em um helicóptero do CIOPAER. Detalhes do ocorrido ainda estão sendo apurados.
O delegado Roberto Moreira estava em Mato Grosso há pouco mais de um ano e meio. Ele era de Brasília, cidade para onde seu corpo será transladado para velório e sepultamento.
Segundo informou a assessoria da PF, o delegado era um dos responsáveis pela operação Onipresente que tinha como objetivo coibir o as ações criminosas nas terras indígenas de Mato Grosso.
Foi nessa operação que a PF prendeu os servidores da Fundação Nacional do Índio (Funai) e de um cacique, que recebia dinheiro dos madeireiros e garimpeiros para liberar atividades ilegais em terras indígenas.