Da Redação
Com Brasil 247
No desempenho de suas funções como chefe do escritório da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) em Miami, nos Estados Unidos, o general Mauro Cesar Lourena Cid, pai do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, usou recursos públicos para apoiar golpistas.
O general foi flagrado conduzindo Michael Rinelli, diretor de Investimentos da Apex, até o acampamento golpista no quartel-general do Exército em Brasília, em 3 de dezembro de 2022.
As imagens, divulgadas pelo colunista Aguirre Talento, do portal UOL, mostram Lourena Cid e Rinelli circulando pelo acampamento bolsonarista. Os vídeos revelam momentos em que o general gesticula e dialoga com o funcionário, indicando sua presença ativa na ocasião.
A viagem de Lourena Cid e Rinelli gerou um custo de aproximadamente R$ 9,3 mil aos cofres da Apex, conforme reportado pelo UOL. Ambos partiram de Miami para Brasília entre 26 de novembro e 11 de dezembro de 2022. A justificativa oficial para a viagem foi uma confraternização da agência, mas o propósito de visitar o acampamento bolsonarista não foi informado previamente aos funcionários da Apex.
Embora não esteja diretamente envolvido no caso da suposta tentativa de golpe de Estado, o general Lourena Cid está sob investigação da PF. Ele é alvo do inquérito sobre o “caso das joias”, que investiga a venda irregular de presentes sauditas entregues ao ex-presidente Bolsonaro durante visitas oficiais e posteriormente comercializadas nos EUA.
Uma imagem identificada pela PF mostra o rosto de Lourena Cid refletido em uma foto utilizada para negociar esculturas recebidas como presentes oficiais.