Da Redação
Com Agência Brasil
Uma série de notícias caluniosas inundaram as redes sociais acusando o governo federal de ter suspendido a ajuda e abandonado a população do Rio Grande do Sul vitimada pelo ciclone no final da semana passada. As fake news foram lançadas e ou replicadas pelo jornalista Alexandre Garcia, por uma empresária e replicada por dezenas de perfis de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Na esteira das fake news, até o jornal O Globo, da Família de Roberto Marinho, passou a atacar o governo do Presidente Lula, num movimento coordenado visando gerar descrédito e promover o desgaste das ações oficiais.
O jornal saiu em defesa de Alexandre Garcia, primeiro a iniciar a onda de mentiras, após o Advogado Geral da União, Jorge Messias, determinar que a Procuradoria Nacional de Defesa da Democracia investigue uma notícia falsa de Alexandre Garcia – o jornalista afirmou que barragens de represas construídas por governo petista no Rio Grande do Sul foram abertas de propósito para inundar o estado.
Diversas autoridades do governo federal, por sua vez, utilizaram as redes sociais para desmentir as falsas informações (fake news) sobre um inexistente encerramento de doações para as vítimas dos temporais que atingiram o Rio Grande do Sul.
“Alerta de fake news: É falsa a informação de que doações teriam parado de ser distribuídas em Lajeado (RS) por orientação do Governo Federal. O Governo já destinou R$ 741 milhões para atender as cidades atingidas, e segue dando todo o apoio necessário para os municípios do Rio Grande do Sul”, escreveu a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), na rede social X (antigo Twitter).
Também pelo X, o caso foi citado pelo ministro da Secom, Paulo Pimenta. “Não vamos tolerar nenhuma Fake News. Tentativa de uso político com disseminação de mentiras deve ser denunciada sempre. Respeitem a tragédia e a dor das famílias!!”, publicou nesta segunda-feira (11) Paulo Pimenta referindo-se à informação falsa que foi divulgada nos últimos dias.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, classificou o caso como “crime” e informou que já está sendo analisado pela Polícia Federal (PF).
“Reitero que fake news é crime, não é ‘piada’ ou instrumento legítimo de luta política. Esse crime é ainda mais grave quando se refere a uma crise humanitária, pois pode gerar pânico e aumentar o sofrimento das famílias. A Polícia Federal já tem conhecimento dos fatos e adotará as providências previstas em lei”, escreveu o ministro.