Da Redação
Em depoimento à Polícia, Antônio Anderson Ferreira Lima, confessou que planejou o ataque em que matou uma agente de saúde e feriu gravemente uma médica em Primavera do Leste (240 km de Cuiabá). O crime aconteceu na tarde de quinta-feira, 25. Inicialmente, pensava-se que a ação teria sido fruto de um surto psicótico do criminoso.
Com a confissão, o delegado Honório Gonçalves dos Anjos Neto afirmou que Antônio Anderson vai responder por homicídio doloso qualificado e tentativa de homicídio. O acusado foi preso em flagrante e aguarda audiência de custódia, devendo ser transferido para a cadeia pública do município.
Armado com uma faca, Antônio Anderson feriu gravemente a médica Jaqueline Matos da Croce, 31 anos, que está grávida. A agente de saúde Regy Rouse Lopes de Oliveira, de 51 anos, tentou defender a colega de trabalho e foi atingida no peito com uma facada. Ela não resistiu e morreu quando era socorrida. A médica permanece internada.
Segundo apurou a polícia, Antônio Anderson era paciente da unidade de saúde e retirava medicamentos no local. Ele disse que era mal atendido pela médica e por isso decidiu se vingar dela.
“Na opinião dele [Antônio] procedimentos normais do sistema público de saúde, como a necessidade de se apresentar documentos sempre que se vai consultar ou retirar remédios controlados, eram errados. Assim, ele com consciência, planejou que iria até a unidade de saúde para ceifar a vida da médica”, disse o delegado à imprensa.
Outra fato que comprova, segundo o delegado, a premeditação do crime foi o fato de Lima ter chegado ao local e esperado que a vítima terminasse uma consulta. “Ele afirmou que foi, esperou ela ficar sozinha, sentou, conversou, comentou que pensou em desistir, mas, acabou levando o plano adiante e atacou as vítimas”, revelou o delegado.
Outro comportamento que confirma que Antônio Anderson estava com pleno domínio de seu estado mental, conforme o delegado, foi a atitude dele após ferir a médica e a agente de saúde. “Depois do ataque, o autor gravou um vídeo em que disse ter feito justiça, no entender dele, e que estava esperando a polícia para prendê-lo”, concluiu a autoridade policial.