Da Redação
A jornalista Cláudia Sarubo, registrou Boletim de Ocorrência na polícia denunciando o empresário bolsonarista Elizeu Oliveira, por agressão. O crime ocorreu em Itanhangá (447 km de Cuiabá), na última segunda-feira, 19, durante uma ação de campanha eleitoral da qual a jornalista participava.
Profissional atuante e residente em Sorriso, a jornalista, que é assessora de imprensa de um candidato da coligação que apoia a candidatura do ex-presidente Lula à Presidência da República, estava em Itanhangá a trabalho acompanhando seu assessorado. Márcia Sarubo deixou seu carro todo adesivado com propaganda eleitoral de candidatos petistas e de partidos aliados no estacionamento de um supermercado que pertence ao empresário, fato que ela desconhecia.
Segundo a jornalista, ao terminar a ação de campanha, ela retornou ao estacionamento para pegar seu carro quando foi então atacada pelo empresário que usava uma camiseta com a inscrição “Bolsonaro 2022”. Furioso com o fato de ter um carro adesivado com propaganda de petistas estacionado em seu comércio, ele partiu para cima da jornalista, agredindo-a verbalmente e tentando tomar-lhe o celular da mão dela.
“Ele chegou gritando: ‘Não aceito no meu comércio carro de ladrão, que veio sujar nossa cidade’. Nesse momento, meu instinto me disse para começar a gravar, porque senti que ele ia fazer alguma coisa”, disse a jornalista.
Na sequência, as imagens mostram o momento em que o homem, segundo ela, a agride. “Ele avançou e acertou o meu braço. Havia vários homens no local, mas ele partiu para cima de mim”, conta Cláudia. “Isso me deixou perplexa, muito assustada. Cada um pode ter seu candidato, seu partido, mas temos o dever de apoiar a democracia. Temos o direito e dever de apoiar quem quisermos”, disse.
EMPRESÁRIO NEGA AGRESSÃO FILMADA
Ao g1, apesar das imagens, o empresário negou que tenha agredido a jornalista e disse que a discussão começou após ser filmado. “Não agredi, eu tentei pegar o celular. Não aceitei me filmar sem autorização, dentro da minha propriedade privada”, disse.
Segundo ele, a discussão começou depois que percebeu que o carro estava estacionado no estabelecimento e acusou a mulher de usar o local como “depósito de propaganda da esquerda”.
“Estavam vindo e saindo, vindo e saindo [do estacionamento]. Eu pedi para um rapaz: ‘Você tira o carro daqui’. O rapaz começou a discutir comigo, discuti um pouco com ele, mas nada de agressão física. Daí essa moça aparece, se aproxima. Discuti com ela, isso é verdade, mas só verbal”, completou.
Com G1
