Da Redação
A candidata ao Governo do Estado pela aliança de oposição que forma a Federação Brasil Esperança em Mato Grosso, Márcia Pinheiro (PV), acusou o Ministério Público Estadual de estar a serviço da candidatura reeleitoral de Mauro Mendes (UB).
O MPE entrou esta semana com um pedido de intervenção na saúde do município de Cuiabá. A cidade é administrada pelo marido da candidata, Emanuel Pinheiro (MDB).
A candidata oposicionista classificou a conduta do MPE como “politiqueira”, já que não há qualquer motivo que justifique de forma concreta a tentativa intervenção no município, seja pela Justiça, seja pelo Executivo Estadual. (Leia abaixo a íntegra da matéria do jornalista Allan Mesquita, publicada no Gazeta Digital).
Allan Mesquita
Gazeta Digital
Candidata ao governo do Estado, a primeira-dama de Cuiabá Márcia Pinheiro (PV) criticou o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) ao comentar sobre o pedido de intervenção na área da saúde de Cuiabá.
Na última quinta-feira (2), ao deixar o debate com os candidatos ao Executivo Estadual, a postulante classificou a medida como “politiqueira”, justamente por ela ser esposa do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), e concorrer a um cargo público nas eleições de 2022.
“Começou a campanha né meus queridos. É lógico que isso é eleitoral”, disse indignada ao responder aos questionamentos dos jornalistas.
Ocorre que o Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed-MT), protocolou no Ministério Público um pedido para que a Justiça determine a intervenção do governo estadual na Secretaria de Saúde de Cuiabá e pela Empresa Cuiabana de Saúde Pública.
Entre as denúncias e reivindicações dos médicos, está a realização de concursos públicos, o fim da precarização de condições de trabalho, utilização de cargos públicos para apoio político, escalas incompletas e que não são publicadas no Portal da Transparência, diminuição de vagas nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e Policlínicas e episódios de assédio moral.
Diante disso, a primeira-dama questionou em tom de voz alterado, o porquê o MP também não intervém nos hospitais do interior, onde, segundo ela, vários pacientes viajam quilômetros até a Capital para fazer hemodiálise.
“Por que não intervém no interior onde tem gente viajando mais de 7 mil km para fazer hemodiálise por mês? Por que o Ministério Público não intervém nesses hospitais? Lógico que tudo isso é eleitoreiro, por que ele não fez isso há 3 ou 4 meses, pelo amor de Deus”, finalizou.