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8 de maio de 2024 3:59 am

Ministros e apoiadores de Bolsonaro tentam se aproximar de Lula

ex-ministros e políticos da base bolsonarista a acionarem interlocutores para tentar estabelecer pontes com o futuro gabinete do presidente Lula
Iminência de derrota de Bolsonaro leva apoiadores a buscarem interlocução com ex-presidente Lula em ensaio de debadada (Fotos: Marcos Correa/PR/Arq.Web/Reprodução)

Da Redação

O clima de fim de festa no governo de Bolsonaro contaminou todo o ministério. A iminente derrota tem levado ministro, ex-ministros e políticos da base bolsonarista a acionarem interlocutores para tentar estabelecer pontes com o futuro gabinete do presidente Lula.

O ex-presidente petista tem recebido recados de quem está ou esteve próximo de Jair Bolsonaro dizendo que nada têm contra ele — muito pelo contrário. O fenômeno se intensificou especialmente entre aqueles que têm base eleitoral e política no Nordeste do país.

Apesar de, em público, eles seguirem apoiando Bolsonaro e até mesmo criticando duramente o petista, ministros e políticos começam a admitir a possibilidade de o presidente ser derrotado, e enviam sinais de que não pretendem fazer oposição acirrada a Lula, caso ele se eleja presidente em outubro.

Alguns políticos usaram, como mensageiros, empresários que têm interlocução com o PT. O objetivo é manter canais abertos visando futuras relações com o poder central.

De acordo com as pesquisas mais recentes de institutos tradicionais, Lula tem chance de vencer já no dia 2 de outubro, em primeiro turno. Na semana passada, o Datafolha mostrou Lula com 50% dos votos válidos. Na segunda-feira (26), o Ipec afirmou que Lula chegou a 52% dos votos válidos.

A debandada do barco bolsonarista só não é mais visível porque alguns grupos ainda acreditam que há alguma chance de levar a disputa para um segundo turno.

Esta semana, Lula e Bolsonaro devem ficar frente a frente mais uma vez no debate da Rede Globo.  A expectativa da campanha de Bolsonaro é que o petista sofra perdas com cerco que fatalmente se formará contra ele por parte de todos os demais candidatos.

Outro fator, menos realista, é que a abstenção, em especial entre eleitores de baixa renda, seja alta provocando desidratação no eleitorado principal de Lula, reduzindo as suas chances de bater a todos os concorrentes já no dia 2 de outibro.

A crença dos bolsonarista no fator abstenção tem lastro na historia das eleições brasileira. Na faixa mais pobre do eleitorado, os custos e e dificuldades que elas muitas vezes têm de ir ao local de votação pesam na decisão de se abster. E é justamente nesses segmentos do eleitorado que Lula tem o seu maior percentual de intenção de votos.

Do lado dos petistas, a questão das abstenções preocupam, mas não chegam a exigir medidas de precaução. Para a cúpula da campanha de Lula, as abstenções já estão sendo compensadas pela adesão crescente dos indecisos e dos chamados “arrependidos” do voto em Bolsonaro nas eleições passadas. Também contam que o “efeito mananda”, que beneficiou Bolsonaro em 2018, agora está a favor do ex-presidente.

Com Folha de S. Paulo

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