Da Redação
O prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro entregou ao desembargador Orlando Perri a documentação que aponta um rombo de quase R$190 milhões causado aos cofres do município pelo Gabinete de Intervenção na saúde da capital. A entrega foi feita em reunião ocorrida na tarde desta quarta-feira, 20, no Tribunal de Justiça do Estado (TJMT). O prefeito foi acompanhado pelo procurador geral adjunto, Benedicto Calix.
Os dados que comprovam as irregularidades financeiras do Gabinete de Intervenção foram retirados do Sistema Único e Integrado de Execução Orçamentária, Administração Financeira e Controle – Siafic, do Tribunal de Contas do Estado – TCE. São documentos oficiais que sustentam a denúncia de que o rombo já se aproxima da casa dos R$200 milhões. Segundo o prefeito, se não forem tomadas providências imediatas, esta situação poderá causar consequências irreparáveis no futuro, mais precisamente quando a saúde for devolvida ao município.
“Conversei com o desembargador, fui muito bem recebido como é de praxe. Expliquei ponto a ponto da nossa denúncia, entregando todos os documentos, todas as mídias, todo o anexo baseado no sistema Siafic do Tribunal de Contas do Estado do Mato Grosso. Entreguei dados oficiais, que mostram indícios fortíssimos de um rombo de cento e noventa milhões de reais na saúde pública da capital que a intervenção está provocando, o que ocasiona a desestruturação do SUS e o desmonte de todas as políticas públicas pensadas para a saúde de toda a capital. Vamos continuar vigilantes, vamos continuar defendendo o patrimônio da população cuiabana”, disse o prefeito.
Emanuel Pinheiro já entregou pessoalmente a mesma documentação para o presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho, para o Procurador-Geral de Justiça, Deosdete Cruz, no Ministério Público, para o presidente da Câmara Municipal, Chico 2000 e para o Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Sérgio Ricardo.
A intervenção estadual na saúde de Cuiabá começou em 15 de março deste ano, por determinação judicial. O desembargador Orlando Perri foi o relator do processo no Órgão Especial do TJMT.