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3 de maio de 2024 7:22 pm

Superbolha de calor cobrirá Mato Grosso a partir de sábado

Nesta última semana de inverno, diversas regiões do país deverão experimentar temperaturas superiores a 40ºC e Mato Grosso estará no centro da massa de ar quente durante o fim de semana
A previsão é de calor intenso com previsão de temperatura máxima de 40°C a 42°C, com possibilidade de novos recordes de calor para o ano de 2023 (Foto:Arquivo Web/ClimaaoVivo)

Da Redação

Com Agências

Nesta semana, a última do inverno, diversas regiões do Brasil estão previstas para experimentar temperaturas superiores a 40ºC. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta de perigo em relação à iminente onda de calor que se iniciou na segunda-feira,18, e que deverá abranger grande parte do país ao longo da semana. O auge da massa de calor deve se concentrar no Centro-Oeste e Cuiabá poderá ter temperaturas acima de 42 graus na próxima semana.

Espera-se que essa situação se torne ainda mais intensa a partir de sexta-feira,22. O aviso meteorológico especial de nível laranja (indicando perigo) é acionado quando as temperaturas excedem a média histórica para o período em pelo menos 5ºC durante três dias consecutivos ou mais. Durante a semana, as temperaturas máximas devem ultrapassar os 40ºC em áreas do Centro-Oeste e Norte do Brasil, bem como em regiões do interior de São Paulo.

O meteorologista do Inmet, Heráclio Alves, observa que essa mudança nas condições climáticas não é considerada atípica para esta época do ano. “Estamos no fim do inverno, que é uma estação mais seca, num momento em que as temperaturas começam a subir, e passamos a ter essas massas de ar quente e seco”.

Uma onda de calor se desenvolve quando as condições climáticas predominantes são caracterizadas por tempo seco, aumento da exposição ao sol e é favorecida pelo fenômeno da subsidência atmosférica. Esse fenômeno ocorre quando a pressão atmosférica entre as camadas médias da atmosfera e a superfície terrestre aumenta, elevando assim a temperatura das massas de ar.

A configuração de um bloqueio atmosférico relacionado a esse padrão de subsidência contribui para a persistência da onda de calor, impedindo a chegada de frentes frias. Portanto, a maior parte do Brasil deve experimentar dias ensolarados e temperaturas acima do normal para esta época do ano.

O calor será particularmente intenso e duradouro em áreas como Santa Catarina, Paraná, grande parte do sudeste e centro-oeste, o interior do Nordeste, Rondônia e Tocantins. Além disso, as regiões do Centro-Sul do Pará e do Centro-Leste do Amazonas também serão afetadas.

Risco à saúde

As ondas de calor extremo são especialmente perigosas para crianças, pessoas idosos e adultos com comorbirdades, especialmente hipertensão vascular, doenças respiratórias e cardíacas.  Os especialistas alertam que o calor extremo eleva o risco de acidentes cardíacos, como enfartes, e vasculares, como AVCs e para quem tem problemas respiratórios, pode sentir um agravamento, especialmente se a umidade do ar estiver muito baixa.

Nestas condições, é importante cuidar da saúde, tentar manter a temperatura corporal equilibrada e beber bastante água, alertam os médicos. “Qualquer pessoa, mesmo sem comorbidades, pode ter desidratação em temperaturas extremas como estas, beirando os 40ºC”, afirma José Eduardo Dottoviano, médico clínico geral e cardiologista da Clínica da Cidade.

O que acontece com o nosso corpo quando está muito quente?

O corpo humano tem uma temperatura ideal para realizar suas atividades diárias e é sensível ao calor ou frio que vem de fora. Por isso, quando está muito quente, ele age de maneira a tentar regular nossa temperatura interna.

“Ao receber o estímulo do calor, o corpo promove uma vasodilatação (dilatação das artérias), na tentativa de dissipar o calor. Com isso, vai mais sangue para a pele e a gente transpira”, diz Paulo Camiz, clínico geral e geriatra do Hospital das Clínicas de São Paulo e professor da USP. “O suor é uma forma de tentar equilibrar a temperatura corporal.”

De acordo com o médico, com o aumento dos vasos sanguíneos, há maior espaço para circulação do sangue. Se não adicionamos mais água ao organismo, a quantidade de sangue por espaço arterial diminui, fazendo com que a nossa pressão baixe, podendo chegar a um quadro de desidratação.

“A pessoa fica indisposta e isso tem implicações principalmente para o coração, porque a forma de o coração compensar essa desidratação ou essa baixa de volume na circulação é aumentando a frequência cardíaca. Ele tenta mandar mais sangue para o corpo, aumentando a frequência cardíaca”, afirma o médico.

É por isso que pessoas que têm problemas cardíacos e de circulação sanguínea têm maior dificuldade em compensar a falta de água no organismo. Assim como os que têm problemas respiratórios. Estudos mostram que uma boa respiração impacta nos batimentos cardíacos, na pressão arterial e no bom funcionamento celular em geral.

Diabéticos de longa data também têm dificuldades em regular a pressão arterial, segundo Camiz.

Quais cuidados tomar?

Para evitar os danos causados pelo calor à saúde, é importante, primeiramente, manter a hidratação. “A hidratação é a ferramenta mais fácil e melhor para se prevenir as alterações que podem ocorrer por conta da exposição a essas altas temperaturas”, enfatiza Dottoviano.

De acordo com o clínico geral e cardiologista, é preciso evitar exposição demorada ao sol e a permanência em locais muito quentes, fechados. Nesse sentido, ventiladores e ar condicionado podem ser aliados para manter a temperatura externa equilibrada com a temperatura corporal.

“O período das 10 às 16 horas é o período mais quente, por isso, é importante evitar fazer atividades físicas e externas neste período”, diz Dottoviano. “Quem toma remédio para circulação ou coração, o cardiologista pode precisar ajustar as doses para evitar que a queda de pressão seja mais acentuada.”

Usar roupas leves e protetor solar também é fundamental, principalmente para quem tem a pele muito clara. Quanto às atividades físicas, é melhor escolher aquelas de menor impacto, de preferência longe do sol, e bebendo muita água nos intervalos.

A alimentação, segundo os especialistas, deve ser leve e rica em frutas e legumes. Deve-se evitar o consumo de álcool, pois ele pode favorecer a desidratação.

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