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5 de maio de 2024 11:16 am

Vacina contra Covid 19 reduz chance de síndrome inflamatória em crianças

Estudo cincitífico aponta que a vacina contra Covid 19 impede que crianças infectadas pelo vírus desenvolva a perigosa e letal Síndrome Inflamatória Multissistêmica
Crianças vacinadas vacinadas contra Covid 19 estão mais protegidas contra sindrome inflamatória sistema que pode ser letal após contaminação pelo virus Sars-Cov-2 (Foto: Arqv.Web/Repodução)

Da Redação

Com Agência Einstein

A vacina contra a Covid 19 em crianças e adolescentes reduz os riscos de desenvolvimento da Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P) após contraírem a doença.   Se estiverem vacinados com pelo menos uma dose, o risco da síndrome é de apenas um caso por milhão, enquanto nas crianças não vacinadas esse risco é de 200 casos por milhão de contaminados por qualquer variante do virus da Covid.

Os dados são de um estudo publicado na revista científica The Lancet Child & Adolescent Health. A vacinação torna a SIM-P uma condição rara entre os as crianças imunizadas contra a Covid-19.

Descrita pela primeira vez em abril de 2020 por pesquisadores ingleses, a Síndrome Inflamatória Multissistêmica associada à covid-19 afeta várias áreas do organismo em decorrência da infecção pelo SARS-CoV-2, em um período que pode variar de quatro a até oito semanas após a infecção.

Segundo Márcio C. A. Moreira, infectologista pediátrico do Hospital Israelita Albert Einstein, acredita-se que se trate de uma reação imunológica exagerada e em cascata, cujos principais sintomas incluem:

  • Febre persistente (não necessariamente alta, mas que não passa);
    Erupção cutânea;
  • Alterações cardíacas e de coagulação;
  • Condições gastrointestinais, como diarreia, dor de estômago e náusea.

“É uma condição muito grave, na maioria das vezes com risco de vida, que requer internação hospitalar e monitoramento constante. Não é um diagnóstico fácil e o que observamos é que a infecção prévia pelo coronavírus funciona como um gatilho”, explica Moreira.

Um em um milhão

Com relação à prevalência, os pesquisadores norte-americanos que conduziram o estudo analisaram os dados de vacinação de crianças e adolescentes, entre 12 e 20 anos, nos Estados Unidos, durante os primeiros oito meses de imunização (entre dezembro de 2020 e agosto de 2021). Todos receberam a vacina desenvolvida pela farmacêutica Pfizer/BioNTech, que era a única autorizada no país para menores de 18 anos.

Foram analisados dados referentes a mais de 20 milhões de jovens vacinados. Destes, identificaram 47 casos suspeitos da síndrome. Ainda, 21 deles se enquadravam nos critérios para a confirmação da síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica.

Os pesquisadores avaliaram, ainda, se as crianças e adolescentes com sintomas para a síndrome tinham passado pela covid-19 anteriormente: 15 deles, sim; 6, não. Os 21 diagnosticados com a condição foram hospitalizados, sendo que 12 tiveram de ser internados em unidades de terapia intensiva (UTI), mas todos receberam alta.

Diante do total de indivíduos nessa faixa etária que já havia recebido ao menos uma dose da vacina, os pesquisadores chegaram à taxa de risco de um caso para cada um milhão de imunizados. Entre os vacinados que não tiveram covid-19 anteriormente, o risco é ainda menor: 0,3 casos/milhão.

“Esse trabalho reforça a importância da vacinação. Mesmo algumas pessoas argumentando que a covid-19 é pouco relevante em crianças, já que a maioria apresenta sintomas leves, pode haver manifestação grave da infecção em pediatria”, destaca o infectologista.

Como a SIM-P se assemelha à outra síndrome, a de Kawasaki, também pode haver confusão no diagnóstico, de acordo com Moreira. “Elas são muito parecidas e a intervenção médica é a mesma. Na prática, não tem diferença nenhuma. Os critérios diagnósticos são clínicos e a diferença é baseada no tempo de desenvolvimento pós infecção”, pondera. “Por isso eu reforço: a vacinação das crianças e adolescentes é muito importante. O risco de um vacinado desenvolver a síndrome é muito baixo”, conclui.

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