Da Redação
Com Agencias de Notícias
O preço dos alimentos e bebidas manteve a trajetória de queda iniciada em junho e caiu 0,85% no mês de agosto, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Esta foi a terceira baixa consecutiva do grupo alimentação e corresponde à menor variação negativa na série do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), iniciada em janeiro de 2020.
Com a nova queda, os alimentos e bebidas apresentam alta de 1,08% no acumulado dos últimos 12 meses, valor que também corresponde ao menor índice desde a atualização da cesta de produtos utilizada para calcular a inflação oficial.
A variação negativa do grupo ao longo do mês de agosto foi puxada pelo recuo nos preços da alimentação dentro de casa (-1,26%), que não apresenta uma alta desde abril (+0,73%). Em agosto, a batata-inglesa (-12,92%), o feijão-carioca (-8,27%) e o tomate (-7,91%) representam as quedas mais significativas.
Também ficaram mais baratos o leite longa vida (-3,35%), o frango em pedaços (-2,57%) e as carnes (-1,9%). No lado das altas, o arroz (1,14%) e as frutas (0,49%) subiram de preço, com destaque para o limão (51,11%) e para a banana-d’água (4,9%).
Já a alimentação fora do domicílio ficou 0,22% mais cara, com taxa próxima à do mês anterior (+0,21%), em virtude das altas do lanche (0,3%) e da refeição (0,18%). Em julho, as variações desses subitens haviam sido de 0,49% e 0,15%, respectivamente.
André Almeida, gerente responsável pelo índice de preços, associa o resultado dos últimos meses à queda de itens importantes no consumo das famílias como a carne bovina e o frango. “A disponibilidade de carne no mercado interno está mais alta, o que tem contribuído para a queda nos últimos meses”, explica.
ENERGIA ELÉTRICA
A inflação do mês de agosto foi de 0,23%, ficando 0,11 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de 0,12% registrada em julho. No ano, o IPCA acumula alta de 3,23% e, nos últimos 12 meses, de 4,61%, acima dos 3,99% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em agosto de 2022, a variação havia sido de -0,36%.
A categoria Habitação, puxada pelo subitem Energia Residencial, foi o que causou o maior impacto na inflação de agosto no país com um aumento de 4,59% e impacto de 0,18 p.p. no índice geral. “O aumento na energia elétrica foi influenciado, principalmente, pelo fim da incorporação do bônus de Itaipu, referente a um saldo positivo na conta de comercialização de energia elétrica de Itaipu em 2022, que foi incorporado nas contas de luz de todos os consumidores do Sistema Interligado Nacional em julho e que não está mais presente em agosto”, explica o gerente do IPCA/INPC, André Almeida.