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6 de maio de 2024 4:06 pm

As regras do jogo

O poder não pertence àquele que é eleito, mas ao povo que lhe deu o mandato por um tempo limitado

Renato Gomes Nery*

Uma das regras básicas do regime democrático é a alternância no poder, que se dá a cada eleição. Sem ela não haveria democracia. O poder não pertence àquele que é eleito, mas ao povo que lhe deu o mandato por um tempo limitado – (Google).

Entretanto os regimes democráticos têm regras que devem ser observadas. As eleições para renovação dos mandatos – que são temporários – são colocadas à observância de todos que se propõem a se submeter ao sufrágio do voto. Ninguém concorre as eleições sem saber as regras do jogo democrático. Portanto, submete-se a todas elas para que o sufrágio final prevaleça e triunfe a vontade da maioria.

Realizadas as eleições conhece-se os eleitos que são reconhecidos pela Justiça e, posteriormente, são empossados e passam a exercer os seus respectivos mandatos.

As eleições de outubro/2022, apesar de questionadas por quem tendia a não aceitar o resultado das urnas, foi pacífica, ordeira e sem máculas. O seu resultado foi reconhecido como legítimo e legal. Entretanto, sempre existem os inconformados, quando o resultado não lhes é favorável. Um deles é o principal do derrotado que não quer reconhecer que perdeu e se nega, incivilizadamente, a entregar os pontos com o resultado do pleito onde saiu derrotado.

Ressaltando que nesta toada existem tantos outros fanáticos que ameaçam pôr fogo no mundo, pois do alto de suas intolerâncias e arrogâncias não aceitam o pluralismo democrático, por se acharem proprietários da verdade, da razão, com a certeza de que o mundo gira em torno dos seus umbigos.

É praxe democrática reconhecer a derrota com altivez, cumprimentar e desejar boa sorte aos eleitos e partir para outras empreitadas futuras, pois a vida prossegue em outras frentes, em outras arenas e em outras eleições.

Entretanto, como fanatismo é uma doença incurável, só resta torcer para que o tempo passe, pois somente ele cura o fumo como dizia meu pai.

Nos leilões da festa de Nossa Senhora Santana, em Nortelândia-MT, lugar onde vivi quando criança, o leiloeiro quando alguém arrematava uma prenda ou uma ceia muito disputada, solicitava para João do Carmo e sua Banda que executasse, para os perdedores, a música Cabeça Inchada, de Luiz Gonzaga:

Eu tou doente, morena.

Doente estou, morena

Cabeça inchada, morena

Dói, Dói… Dói….

*Renato Gomes Nery é advogado em Cuiabá.

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