Antonio P. Pacheco*
É imperioso que as autoridades do Poder Judiciário, do Ministério Público e das Forças de Segurança cumpram o quanto antes o seu dever legal de coibir e punir severamente os partidários do atual presidente do país, Jair Messias Bolsonaro, criminosos que estão promovendo os atos antidemocráticos e golpistas.
A leniência com as manifestações ilegais implicam as autoridades nos âmbito municipal, estadual e federal em cumplicidade tácita com os crimes que vem sendo praticados por estas pessoas, histéricas ou não. Nada há que justifique a tolerância que se assiste com os defensores de golpes militares, fechamento de Congressos, desmonte das cortes superiores do Judiciário, aplicação de Atos Institucionais de Exceção e outros crimes de Estado porque não se conformam de ter perdido uma eleição realizada democraticamente em dois turnos.
As consequências do prolongamento do atual quadro de baderna e agitação criminosa poderá desencadear outras reações de descontrole social, gerando outros e ainda mais graves prejuízos a Nação do que os que se vem registrando na economia, nas liberdades cidadãs e na ordem pública.
É óbvia intenção de produzir mais caos e instabilidade no país por parte daqueles que por meio de uma ampla rede de mentiras que já é muito conhecida das autoridades, estão manobrando as massas enlouquecidas de bolsonaristas desesperadas com a perda de seu objeto de gozo doentio: o poder do “mito” de continuar avançando em seu projeto de fascistização e nazistificação do Brasil.
Os principais financiadores desses atos golpistas, destas mobilizações de propósitos antidemocráticos e abertamente criminosos são também conhecidos. Não trazê-los à luz da Justiça é crime de cumplicidade por parte das autoridades.
A falta de vontade e agilidade das autoridades em faze-los parar passa a clara mensagem para a maioria da sociedade brasileira de que esta inação de prefeitos, governadores, promotores, procuradores, ministros, juízes e comandantes das forças de segurança é um ato de adesão, e portanto de concordância e cumplicidade com o golpismo desse bando de aloprados do bolsofascismo.
*Antonio P. Pacheco é jornalista, poeta e escritor
