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7 de maio de 2024 3:52 am

Sou candidata porque Mato Grosso não é só agro, é também a fila do osso

Dona Neuma de Morais

As consequências do modelo de desenvolvimento promovido pelas políticas neoliberais são perversas e desumanas. A realidade nos joga isso na cara todos os dias. Não podemos negar que não é um bom caminho a produção de riquezas sem um olhar mais sensível para o que acontece na esteira deste acumulo de bens e capitais nas mãos de uma pequena parcela da população. É preciso mudar o rumo dessa história. E precisa mudar agora.

É um absurdo o que vivemos hoje no Brasil. Se por um lado temos a maior extensão territorial agricultável do planeta e produzimos comida para alimentar metade do mundo, por outro temos a tenebrosa situação de 33 milhões de pessoas passando fome e na miséria extrema.

Não é aceitável, sob nenhum argumento, que hajam pessoas submetidas à desesperadora condição de sub cidadãos, de indivíduos sub humanos em um estado como Mato Grosso. É anticristão, antipatriótico e antieconômico até, no estado que possui a maior economia agrícola do Brasil com Valor Bruto da Produção superior a R$ 200 bilhões – e que representa 17,2% do Valor Bruto da Produção Brasileira -, que possui um PIB Per Capita de R$41,8 mil por habitante, que produz mais de 200 mil toneladas de grãos em duas safras, que possui o maior rebanho bovino de corte do país com mais de 32 milhões de cabeças, seja o mesmo estado onde famílias disputam ossos na porta de um açougue. É lamentável que grande parte dos políticos de nosso estado não se preocupem com o fato de que Mato Grosso não é só o agro, é também a fila do osso.

Temos consciência de que esse quadro social humilhante não é fruto apenas de fatores externos no campo da economia, mas sim consequências da falta de sensibilidade dos nossos governantes, dos políticos que hoje atuam no Congresso Nacional. Agindo como lobistas em blocos fechados, deputados e senadores, em sua maioria, só tem se preocupado com os interesses dos segmentos que os financiaram em suas campanhas ou que os apoiaram com votos aliciados com o poder econômico e de mando. As carências e necessidades da população não entram em suas pautas de prioridades.

Questões como a fome que assola milhões de brasileiros, a má qualidade dos empregos, a insegurança alimentar, o desalento dos desempregados, a exploração do trabalhador no subemprego, na precarização das relações de trabalho, a falta de moradia para quem está na base da pirâmide social, as más condições de vida de quem mora nas periferias e nas pequenas cidades do interior com economia estagnada ou exaurida, a violência contra as mulheres em todos os níveis, as minorias sociais invisibilizadas, o preconceito contra os pobres (aporofobia), o aumento exponencial de moradores de ruas e adictos das drogas, a falta de oportunidade de ascensão social para os jovens empobrecidos, nada disso é pauta de debate e preocupação no Congresso Nacional neste momento.

No que cabe à mim como cidadã, eu não aceito esta situação e não quero que ela perdure. Por isso eu aceitei o chamado das bases populares ao lado das quais sempre lutei nos meus mais de 40 anos de militância política, sindical e como ativista dos movimentos sociais em Rondonópolis.

Sou candidata a deputada federal para lutar no Congresso Nacional em Brasília pelo que de fato pode melhorar a vida, o cotidiano e mudar a realidade daqueles que mais precisam.

Entendo que é preciso restabelecer a vida humana como prioridade nas políticas públicas, nos projetos e ações dos governos Federal, Estadual e Municipal no nosso país. E é lá em Brasília, no Congresso Nacional que isso pode e é feito. Portanto, é lá que precisamos chegar como nossas vozes, multiplicadas em prol do bem comum, do coletivo, para que sejamos ouvidos e nossas necessidades sejam atendidas.

Sabemos o quanto é urgente resgatar e ampliar as políticas públicas efetivas e coordenadas de assistência e apoio aos mais carentes. Sabemos o quando é essencial criar condições para que as famílias voltem a ter comida na mesa, uma casa para morar, escolas e creches para seus filhos, segurança e esperança de prosperidade, que os trabalhadores voltem a ter empregos e salários dignos, que os idosos e jovens se percebam como cidadãos de valor e indispensáveis, que as minorias possam ser vistas como parte da maioria e com os mesmos direitos e o mesmo respeito.

Para que isso aconteça é preciso que estejamos juntos, de braços dados e decididos em nossos propósitos, cheios de fé e de sonhos, mas com os pés firmes no chão, conscientes da gravidade e do poderio dos que não abrem mão de seu poder e de seus privilégios, para irmos às urnas no dia 02 de Outubro. Pois somente juntos, seremos fortes o bastante para mudarmos esta realidade sombria. E será assim, juntos, que faremos Mato Grosso e o Brasil, serem felizes de novo.  Nós podemos, nós faremos, eu acredito e conto com você ao meu lado nessa jornada, até a vitória.

Dona Neuma de Morais é professora aposentada e primeira dama de Rondonópolis, e candidata a deputada federal pelo PSB.

 

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